sexta-feira, 19 de abril de 2024

Apresentação do livro de Ludoterapêutica no Luto Infantil "A minha mãe está no sol", da autora Vilaflorense Sónia Costa.

 No mês em que se assinala a proteção dos jovens e crianças, a apresentação do livro de Ludoterapêutica no Luto Infantil "A minha mãe está no sol", da autora Vilaflorense Sónia Costa,  serve de contributo para elucidar acerca dos desafios, dificuldades e sofrimento que as crianças que perderam figuras significativas enfrentam, mas também para sublinhar as crenças, desafios e dificuldades dos adultos em estar perante o tema e em ajudar estas crianças.
O livro tem prefácio do professor Eduardo Sá, possui diversas ferramentas digitais e Podcasts de apoio à intervenção.

Entrada livre!

3 de MAIO de 1974 - Mensageiro de Bragança

17 de MAIO de 1974 - Mensageiro de Bragança

Bragança, Naturalmente!

DOS JORNAIS E DA CULTURA - Polémicas e disputas

O “marco cultural” que nos volta a ocupar neste momento – entre os “marcos” que Armando Fernandes refere –, “será o da imprensa periódica, desde meados do século XIX, até à Ditadura militar, instaurada em 1926.
Nesse período, o despertar pelo gosto da discussão de ideias, da natureza dos governos e qualidade dos governantes, dos interesses individuais e coletivos, da vida e da morte, dos conflitos mundiais ou das pequenas questiúnculas locais, permitia a todos, com destaque para os professores, clérigos e militares (e eram muitos), expressarem as suas opiniões, polemizarem”. Esta imprensa, com grandes cultores e colaboradores, vai contribuir, de facto, para “adubar” as mentes brigantinas.
Componentes culturais e formativas estão quase sempre presentes nos órgãos de informação. Os propósitos doutrinários notam-se mais no periódico A Pátria Nova, dada a sua inspiração assumidamente política e partidária e os seus intuitos propagandísticos. Há, normalmente, um intuito claro de dar à doutrinação cultural e cívica, de inspiração republicana, uma dimensão pedagógica.
O que agora queremos dizer é que, para além dos artigos que abordam temas e assuntos considerados essenciais para a formação de vários grupos sociais e para o desenvolvimento da região e do País, também se nota uma preocupação com a informação e a formação dos homens do universo rural, desse Portugal rústico constituído por proprietários agrícolas e por uma grande diversidade de camponeses. São preocupações comuns a toda a imprensa local, que sobressaem, uma vez mais, no jornal republicano. Com o objetivo de contribuir para a educação cívica e para a doutrinação republicana dos camponeses, nada melhor do que a popularíssima obra de José Falcão, A Cartilha do Povo, que o jornal vai passar a publicar em “folhetim”, logo a partir do terceiro número. De uma forma pedagógica, revelam-se as prepotências e arbitrariedades cometidas pelos monárquicos.
A redenção estava na República.
É ainda habitual na imprensa destes tempos a existência de espaços para a divulgação de trechos literários de grandes escritores. Destaque para a secção cultural de A Pátria Nova, intitulada "Guarda-jóias", que dá a conhecer textos da literatura e da cultura portuguesas. As seleções passam, fundamentalmente, por autores e conteúdos em consonância com a ideologia republicana.
Folhetins de obras romanescas e de ficção histórica, baseados, sobretudo, na História Pátria, destinados a divertir e a ensinar, encontram acolhimento nas folhas locais e fidelizam leitores.
A vida cultural também se alimentava de homenagens aos grandes vultos da região, como é o caso de Trindade Coelho. Raul Teixeira cita Lopes Vieira – "escrever é falar-se no papel" –, para concluir que "ninguém jamais falou no papel como Trindade Coelho". Ele é também o "democrata, filho do Povo". Por isso, lá iremos todos a Mogadouro.
Um extenso artigo de A Pátria Nova, sobre Guerra Junqueiro, prima pela qualidade literária e pelo tom laudatório: está entre os homens grandes que parecem "ter arrebatado ao céu a centelha divina que os transforma em semideuses, são eles os condutores da grande caravana social…".
No respeitante à colaboração de personalidades importantes, conta-se, por exemplo, a de António José de Almeida. Destacamos, da sua autoria, “Solução fatal”, um texto que, apesar da sua fórmula sintética, nos dá, pela qualidade literária e conceptual e pela mensagem incisiva, a dimensão do orador e do político. A solução só podia ser a abolição da Monarquia… Aqui se deixam algumas passagens: "O Partido Republicano não pode, em caso nenhum, transigir com a Monarquia, porque entre os dois a conciliação é impossível. Quando muito, ser-nos-ia permitido dizer à Monarquia que tivesse o bom senso de nos dar os direitos que nos pertencem, maneira muito única de a vida se lhe prolongar um pouco mais. Esses direitos, porém, não são somente os que foram escritos na lei em tempos de menor opressão, mas também aqueles que se acham nos costumes e constituem uma aspiração da alma nacional. A Monarquia, todavia, não fará concessão alguma. A sua anquilose histórica…, o espírito retrógrado dos homens que a servem e a falta de crenças que a torna uma fórmula sem vida, demonstram que ela só procurará resistir pelo furor. Vive escabujando: a sua energia chama-se demência, a sua atividade chama-se desespero…”.
Há manifestações e práticas que muito nos elucidam, pelas informações que nos trazem, sobre o ambiente que se vivia e se respirava nesses tempos e sobre os homens que construíam esse ambiente.
Dissidências e conflitos, pugnas e lutas, que assumem, por vezes, uma grande virulência, resultantes de confrontos políticos, doutrinários, ideológicos, religiosos, sociais, culturais, éticos e morais, mais ou menos apaixonados, envolvem personalidades representativas de diversos setores. As polémicas são travadas com argumentos que não se coíbem de recorrer a uma linguagem insultuosa que visa apoucar e achincalhar. São grandes, algumas vezes desmesuradas, as paixões envolvidas. Muitas delas encontram guarida nos órgãos de informação. Os próprios jornais estariam interessados, em nome de valores que dizem defender – e da conquista de audiências –, em alimentar polémicas e disputas. Há ocasiões em que a troca de "insultos" vai além das ofensas verbais e acaba nos tribunais e em confrontos físicos, o que também é habitualmente reportado.
Em Bragança, na imprensa local, há muitos exemplos. Aparecem textos extremados. São conhecidos, por exemplo, casos que agitam profundamente a opinião pública brigantina: basta lembrar os “folhetins” do Seminário e do bispo. As questões religiosas aqueciam verdadeiramente os ânimos – o que já se verificava, como vimos, antes do 5 de Outubro de 1910.
Respigámos, apenas, alguns exemplos que nos parecem ilustrar o que teriam sido essas polémicas. Não constituem nada de novo, limitam-se a prolongar uma ambiência e uma "tradição" que já vinham da Monarquia Constitucional.
Uma delas, representativa do que acabámos de dizer, envolve personalidades muito conhecidas no meio, pelas suas atividades e desempenhos culturais, políticos e cívicos. A primeira peça é uma terrível diatribe contra Raul Teixeira, assinada por Augusto Moreno: “Doeu-lhe” – "O meu último artigo, Olho neles!, não visava cavalheiros de Bragança, que, filiados embora no Partido Progressista, no Regenerador ou no Franquista, não colaboraram nos banditismos do Crédito Predial, nas chapeladas da Azambuja ou nas truculências infames da ditadura...
O inofensivo artigo foi mal interpretado… Quando ataco, posso usar de estadulho, à trasmontana, mas não atiro pedradas nem escondo no bolso navalha de ponta e mola.”
“Eu nem sequer me referia ao sr. Raul Teixeira, acostumado como estou a fazer de conta que não existe este grotesco Quasimodo. Quasimodo, com cartas de bacharel, prendas de arlequim e talhe de abóbora porqueira.
Reparo, contudo, que no meu artigo há uma carapuça que o tipo enfiou até às orelhas e que lhe assenta à maravilha. É uma coincidência, mas feliz. Por isso, o bípede se torce e escoicinha! Doeu-lhe! Foi aquela ferroada dos que 'assinaram manifestos incendiários e depois se fizeram lacaios da Ditadura'. É que ele, realmente, foi dos tais”.
“Se ao escrever me tenho lembrado do sujeitório, quando me referi aos que 'furaram urnas', não deixaria também de aludir aos que 'furaram greves', sabido como o estudante R. Teixeira atraiçoou infamemente os seus colegas de Coimbra, quando foi da greve de 1907, se bem me recordo”.
Dos partidos monárquicos pode salvar-se muita gente honrada, mas na Monarquia como na República, a felonia, a rasa baixeza de caráter há de sempre marcar a face cínica dos Rauis Teixeiras com o estigma dos renegados. Caluniador, traiçoeiro, ele é ainda … tão inepto que há dois anos, na Monarquia, acusava-me aos poderes públicos de republicano, e hoje, na República, acusa-me de monárquico! O trapalhão! Falar nele causa-me a mesma repugnância que bulir num sujo trapo apodrecido… Mas é preciso. Não vá julgar a alimária que lhe tenho receio aos pinotes".
Numa linguagem e com um "estilo" que vêm do século XIX – como é sabido, talvez se possa falar mesmo numa "escola", que tem, aliás, grandes cultores –, não há aqui contemplações. Acusa-se, ridiculariza-se, achincalha-se.
Os ataques vão conhecer novos desenvolvimentos… No artigo “Fugindo”, em A Pátria Nova, Augusto Moreno continua a zurzir Raul Teixeira, a quem acusa de querer abandonar a peleja; aliás, é a "fuga" que dá o mote. O tom não esmorece. "O que eu não cuidei foi que me bastassem duas ripadas para o estatelar esquadrilhado na calçada. O covarde! Caso é que eu agora envergonho-me de continuar a castigá-lo no chão". Prosseguem as invectivas achincalhantes: "Embora deitado ou de pé a posição lhe seja sempre a mesma… eu tenho melindre em lhe bater assim, abaixo derreado como se me deixou ir, logo aos dois primeiros pontapés. E mais foram em sentido metafórico! Que faria se lhos tenho aplicado em sentido e em sítio próprio!"
“'Cabotino' e dissimulado, com 'linguagem de estrebaria', 'arma em vítima e, tendo feito o mal, faz também a caramunha'… Isso de 'chicotes', 'varões', 'carroças', ‘retrancas', etc., são lá belezas do seu estilo, e objetos muito da sua toilette e do seu uso. Pertencem-lhe e… ficam-lhe bem". O que se deixa dito, com cinismo e uma linguagem desapiedada, pressupõe, como se pode ver, que tinha havido uma resposta de Raul Teixeira.
Depois, com incisivo sentido de humor, vai perguntando e, simultaneamente, insinuando: "É calúnia, por exemplo, que Raul Manuel se tenha metido com as pessoas que enumerei no meu artigo anterior e com muitas mais, que por esquecimento omiti, como por exemplo o sábio e modesto Abade de Baçal, os doutores Rapazotes, os honestos e inofensivos senhores Passos da antiga Rua dos Oleiros? É calúnia que Raul Manuel tenha assinado manifestos republicanos incendiários? É calúnia que Raul se tenha mesmo alistado no Partido, traindo-o depois?”
E volta a lembrar que aquele aderira à greve dos estudantes de 1907, e que a teria furado; e que, quando João Franco “sovou o País”, serviu-o “como lacaio, na usurpação dos cargos municipais”.
Continua a ladainha: "É calúnia que tivesse desafiado um dia Armando Rocha, levando dele bengalada bravia, e recorrendo depois para os tribunais, apesar de ser o provocador? É calúnia tudo isto, ou é absolutamente verdade?"
Os factos – como assevera – provam o que diz. "São os factos que provam que eu nunca andei em politiquices, nem em tramoias, nem em tranquibérnias. São justamente os factos que provam que nunca furei urnas, nem greves, que nunca fui venal, nem trampolineiro, nem covarde... São justamente os factos que provam que, para conservar a integridade moral, tenha mais de uma vez posto em risco o pão de seis crianças que vivem apenas do trabalho de seus pais".
"E sou eu que lhe digo, para terminar…, que também me parece que a nossa questão se não dirimirá nos jornais…" Vem a ameaça: "porque professor de ginástica a sério e ainda leve apesar dos 40, há dois anos (desde que me provoca) que me lembro de lhe fazer o que um dia fiz a outra cucurbitácea…".
Nestes ambientes, com o “caldo cultural” existente, e em função do que por vezes se passava, as palavras nuas e cruas, como sugerimos, não eram suficientes. Há ameaças físicas que, nalguns casos, se concretizam. Uma notícia que relata o que teriam sido as "Polémicas à tareia": em Macedo de Cavaleiros, "o denodado farmacêutico de reserva sr. Morais arvorou a vistosa fardamenta da durindana, zurziu feramente um reverendo que com ele questionara na imprensa".

Título: Bragança na Época Contemporânea (1820-2012)
Edição: Câmara Municipal de Bragança
Investigação: CEPESE – Centro de Estudos da População, Economia e Sociedade
Coordenação: Fernando de Sousa

A água reciclada pode fazer parte da solução. Bebê-la-ia?

 Embora possa parecer uma tecnologia reservada aos ambientes mais extremos, como as viagens espaciais, está cada vez mais presente no nosso quotidiano. O que é exactamente a água reciclada?

NASA - Na Estação Espacial Internacional, até 98% da urina, suor e transpiração da tripulação são reciclados utilizando desumidificadores e técnicas especiais.

A meio do percurso, nuvens preocupantemente escuras taparam o sol. Ricardo, que se tinha esquecido do guarda-chuva em casa, acelerou o passo para chegar à porta de casa, mas já sentia a temperatura a descer e o cheiro a petricor a inundar-lhe as narinas. Tentou abrigar-se debaixo dos beirais das casas, correr quando não havia abrigo, mas todos os esforços para se manter seco foram em vão. O ciclo da água continuou o seu curso e, sem qualquer preocupação, encharcou-o da cabeça aos pés.

A água é a fonte da vida, porque sem ela não poderia existir tal como a concebemos. Mas, nos últimos anos, tornou-se também uma fonte de preocupação porque, como diz o ditado, nunca chove a contento de todos. As alterações que o clima está a sofrer parecem também afectar os padrões de precipitação e está a tornar-se cada vez mais complicado garantir o abastecimento correcto em certos centros urbanos. Assim, para dependermos menos da inconstância do tempo, o engenho leva-nos a desenvolver novas invenções e, com elas, novos conceitos com os quais nos devemos familiarizar.

ÁGUA RECICLADA
A chuva que encharcou as ruas e caiu sobre Ricardo provém provavelmente da evaporação e subsequente condensação da água de grandes massas de água, como lagos, mares e oceanos. Por isso, falar de um conceito como "água reciclada" soa estranho e alheio, pois poder-se-ia pensar que toda a água é naturalmente reciclada. Ao contrário dos metais, que têm de ser extraídos e transformados, ou do plástico, que é obtido a partir da refinação do petróleo, a água está disponível através de um sistema complexo que é maioritariamente alimentado pela energia solar.

O problema surge quando exercemos mais pressão sobre este sistema do que ele pode suportar, e os seres humanos acabam por consumir mais água do que aquela que conseguem irrigar um pedaço de terra ou uma bacia hidrográfica.

Dependendo do país, cada pessoa consome mais ou menos água. Em Portugal, o consumo médio de um cidadão é de 184 litros de água por dia, contra os 110 necessários para tomar banho e escovar os dentes estimados pela Organização das Nações Unidas. Com centros urbanos com muito mais de um milhão de habitantes, o stress hídrico é muito elevado nos centros urbanos e o ciclo da água não consegue fornecer recursos suficientes.

COMO FUNCIONA UMA ETAR
Em poucas palavras, uma Estação de Tratamento de Águas Residuais  (ETAR) tem várias etapas. Primeiro, são removidos os resíduos sólidos de maiores dimensões, como terra, toalhetes e gorduras. Depois disso, a água é deixada a assentar em contentores de água que permitem que os resíduos sólidos mais pequenos assentem no fundo. Depois de a água ter descido, é separada das lamas por decantação e o processo de purificação continua.

Além disso, estas estimativas de consumo apenas têm em conta o consumo doméstico de água. A agricultura é geralmente o sector que consome a maior quantidade de água num país (75-85% do total), enquanto nos agregados familiares esta percentagem não ultrapassa geralmente 15% do total. Assim, para sustentar o actual modelo de vida, é necessário recorrer a fontes não convencionais, como a exploração de aquíferos ou a dessalinização da água do mar.

ISTOCK - As ETARs de dimensão industrial têm vários edifícios e tanques para efectuar as diferentes etapas do processo de tratamento.

A água decantada contém uma grande quantidade de matéria orgânica dissolvida que tem de ser removida. Para o efeito, é introduzida em enormes tanques agitadores que contêm bactérias. Estas bactérias utilizam a matéria orgânica da água como alimento e usam-na para se reproduzirem, mas necessitam de muito oxigénio para funcionar, que tem de ser adicionado por arejamento. Desta forma, as ETARs aceleram o processo que ocorre naturalmente nos rios, mares e oceanos. Uma vez eliminadas as bactérias por decantação, a água está purificada e pode ser reutilizada, embora possam permanecer outros poluentes (como vestígios de medicamentos, nutrientes ou metais), para os quais existem tratamentos específicos.

INOVAÇÃO EM CONTEXTO DE ETAR PARA RECICLAR A ÁGUA
Em vez de decantar a última etapa, está actualmente a ser estudada a utilização de membranas com poros muito mais finos do que um fio de cabelo humano para remover todos os vestígios de bactérias da água. A água, desprovida de microrganismos mas cheia de nutrientes como nitratos e fosfatos, pode ser reciclada para utilização na agricultura. Este conceito é conhecido como fertirrigação e está a tornar-se cada vez mais difundido devido às suas vantagens para a utilização agrícola, uma vez que reduz a dependência dos fertilizantes.

A utilização de água reciclada também se tem generalizado em ambientes urbanos, como fontes, parques e limpeza de estruturas. No entanto, a água reciclada para consumo humano é ainda uma questão pendente em muitos países, embora se registem progressos na optimização da utilização dos recursos hídricos.

ÁGUA RECICLADA PARA CONSUMO HUMANO
Normalmente associamos a reciclagem de água a ambientes mais extremos, como é o caso dos astronautas na Estação Espacial Internacional. Nestas instalações, até 98% da urina, suor e transpiração dos membros da tripulação é reciclada utilizando desumidificadores e técnicas especiais. É muito importante notar que os astronautas não estão a beber urina ou suor, mas estão a consumir água que foi recuperada e filtrada de tal forma que é indistinguível da que poderiam consumir na Terra, independentemente da sua origem.

NASA - A astronauta da NASA Kayla Barron substitui um filtro no processador de salmoura da Estação Espacial Internacional.

Descendo da órbita, cidades do Médio Oriente como o Dubai, Qatar, ou outras zonas como Singapura ou os Estados Unidos dependem da água reciclada para abastecer as suas populações. Com os actuais métodos de filtragem, a água reciclada pode cumprir as normas de qualidade da água potável, embora o custo do tratamento possa ser superior ao de uma estação de tratamento de água tradicional. Mesmo com este custo excessivo, à medida que avançamos para uma economia circular e mais eficiente em termos de recursos, é provável que a água reciclada para consumo humano se torne cada vez mais predominante.

Olhando para o futuro, a chuva continuará a cair, regando campos, cidades e os pobres transeuntes que se esqueceram dos seus guarda-chuvas. No entanto, a ameaça das alterações climáticas aproxima-nos de uma climatologia mais extrema, com períodos de seca mais longos e fenómenos de precipitação mais torrenciais, cujas consequências desconhecemos. Neste contexto, o aumento da percentagem de água reciclada pode ser fundamental para garantir a sua disponibilidade e, além disso, reduzir o nosso impacto na natureza. A questão é, pois, cada vez mais pertinente: beberia água reciclada?

Daniel Pellicer Roig

Vários empresários de Bragança interessados no “Acelerar o Norte” para potenciar negócios no mundo digital

 Hoje em dia, quem não está na Internet não existe. E, para ajudar os empresários a criar estratégias digitais, que permitam às empresas atrair novos clientes e vender mais, foi criado o “Acelerar o Norte”


Este projecto, de apoio à transição digital de micro, pequenas e médias empresas foi apresentado, ontem, em Bragança. Vai disponibilizar apoio financeiro, até 2 mil euros, aos empresários, para que tenham uma presença online mais forte.

Dina Mesquita, proprietária do Baixa Hotel e do Restaurante Poças, em Bragança, é uma das empresárias que quer aderir ao projecto porque será uma grande mais valia. “O Baixa Hotel trabalha com uma forte presença na Internet. Tem site próprio e trabalha bem as redes sociais mas há melhorias que têm que ser feitas e este projecto que queremos abraçar é mesmo para isso, para que sejam feitas essas melhorias e haver melhor gestão de conteúdos, do que deveremos publicar numa rede social. A parte do restaurante é preciso quase trabalhá-la do zero. Fazemos quase apenas publicações dos pratos do dia e a imagem tem que ser renovada e bem gerida. Precisamos dessa formação, como empresários, para saber fazer o marketing digital que, hoje em dia, o cliente procura”.

Andreia Sendas, proprietária do supermercado e restaurante Restaurador. Os negócios já estão bastante presentes na Internet mas é necessário melhorar. “Queremos tornar-nos um pouco mais profissionais porque nós começamos e vamos fazendo as coisas mas há situações técnicas que não sabemos. A ideia do projecto é uma aprendizagem e tirar o maior proveito dele, tornar melhor aquilo que já fazemos e poder introduzir situações novas, relativamente ao mundo digital, que a empresa já procura”.

O projecto começou em Agosto do ano passado e termina em Setembro de 2025. É dirigido às micro, pequenas e médias empresas do Norte do país. Nuno Camilo, director do projecto, esclarece que as empresas que se candidatem podem receber entre 500 e dois mil euros. A presença no mundo digital é cada vez mais importante. “Quando falamos em Internet temos que nos lembrar que temos 10 milhões de pessoas em Portugal e oito milhões usam todos os dias telefones e computadores e têm uma presença enorme na Internet. Destes oito milhões, 73% das que utilizam as redes sociais e os meios digitais fazem-no para consultar alguma coisa e é neste contexto que temos que ocupar. Quem não comunica não existe. Não basta fazermos só publicidade num jornal e numa rádio. Temos que ir acompanhando os meios digitais e é esta a grande necessidade que temos, que as pessoas possam vender para lá da sua geografia”.

Anabela Anjos, gestora de transição digital da aceleradora de Bragança, diz que já há muitos empresários interessados em aderir ao projecto. “Cada vez mais nós procuramos a Internet para tudo e mais alguma coisa. Este projecto pode ser o início de uma presença na Internet, pode ser aprofundar o que já existe. Será sempre uma mais valia para qualquer empresa que queira entrar no projecto”.

O Acelerar o Norte é um projecto desenvolvido em consórcio, liderado pela Confederação do Comércio e Serviços de Portugal e copromovido pela Associação Empresarial de Portugal, pela Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal e pela Associação da Economia Digital.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

Inaugurada estação de carregamento ultrarrápido em Bragança

 Acaba de ser inaugurada a primeira estação de carregamento ultrarrápido para veículos eléctricos na região. Fica situada no nó da Seara, em Bragança


Este é o primeiro de um conjunto de postos, cofinanciados pela União Europeia, que a empresa Atlante irá desenvolver ao longo dos próximos anos, com a missão de acelerar a electrificação da rede de rodoviária portuguesa. Pedro Nunes, director-geral da Atlante Portugal, disse que um dos maiores objectivos é colocar estes postos em regiões de fronteira. “Esta ligação surgiu precisamente por esse motivo. É um ponto de ligação entre os dois países e, sendo em Bragança, é para nós um facto importante. Porque não podemos só instalar equipamentos na zona litoral de Portugal. Temos aqui dois postos de carregamento de 300 kW cada um. Significa que eles têm quatro pontos de carregamento. Podem carregar quatro carros em simultâneo até 150 kW ou, se não for em simultâneo, cada carro pode carregar a 300 kW no máximo”.

O tarifário já está definido. “Temos um tarifário aqui de 30 cêntimos por kW/h, ao qual é adicionado o preço da energia. Cada utilizador tem um cartão, uma app, e paga o preço de energia que contratualizou com o seu fornecedor de energia. A esse valor é adicionada a nossa taxa de operação, de kW/h. Não colocamos aqui um valor por minuto. O objectivo é que qualquer utilizador possa carregar aqui, mesmo com um carro que carregue a baixa potência ou hibrido, e não seja prejudicado pelo tempo”.

Pedro Faria, presidente da Associação de Utilizadores de Veículos Eléctricos, refere que este é um passo importante para a mobilidade sustentável em Portugal. “O desenvolvimento da mobilidade eléctrica tem seguido o seu caminho muito rapidamente. Passámos, na informática, do Pentium 1 para o Pentium 2, para o 3… Já não mobilidade eléctrica nós damos saltos de cinco. Temos tido, em pouco tempo, desenvolvimentos muito fortes. Começamos por defender que precisávamos de tomadas para as nossas viagens curtas e hoje estamos aqui a inaugurar um quadruplo posto de carregamento ultrarrápido. A evolução é muito grande”.

Aaron Rocha, da Alpitronic, uma fabricante de carregadores eléctricos, que está a chegar agora a Portugal, diz que é preciso acabar com os mitos em torno da mobilidade eléctrica. “a nossa filosofia é construir os carregadores mais fiáveis para os utilizadores e disponibilizar carregadores até 400 kW. O grande objectivo disto é diminuir os mitos que existem à volta da mobilidade eléctrica, a ansiedade das pessoas nas viagens de longo curso e perceber que, às vezes, podemos fazer uma breve pausa para um café, para almoçar, para uma reunião, e conseguimos conciliar essa actividade com o carregamento do carro, de forma clara e transparente”.

A primeira estação de carregamento ultrarrápido para veículos eléctricos na região fica situada no nó da Seara, em Bragança.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

quinta-feira, 18 de abril de 2024

Janeiro 🪐 Meta - Cantiga da Revolta (ao vivo)

31 de MAIO de 1974 - Mensageiro de Bragança

📸 𝗗𝗶𝗮 𝗜𝗻𝘁𝗲𝗿𝗻𝗮𝗰𝗶𝗼𝗻𝗮𝗹 𝗱𝗼𝘀 𝗠𝗼𝗻𝘂𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼𝘀 𝗲 𝗦𝗶́𝘁𝗶𝗼𝘀 🏛 O património edificado de Bragança!

Comemorações do 25 DE ABRIL já arrancaram em Alfândega da Fé com sarau literário

Bragança com dezenas de atividades até junho para celebrar O 25 DE ABRIL

BMTC | Os 50 anos do 25 de Abril na BMTC

 No âmbito das comemorações do 50.º Aniversário do 25 de Abril, a BMTC, de 22 de abril a 30 de agosto, tem programadas um conjunto diversificado de atividades, para assinalar a data em questão, destinadas aos seus vários públicos:


EXPOSIÇÃO

“25 de Abril: Rumo ao Cinquentenário – 2024”
22 de abril a 30 de agosto
Público alvo: Geral

ESTENDAL DE POESIA

“Poemas de Abril”
22 de abril a 30 de maio
Público alvo: Geral

MOSTRAS DOCUMENTAIS

“25 de Abril: Livros para Todos/as!”
22 de abril a 30 de maio
Público alvo: Geral
“Livros censurados”
22 de abril a 30 de agosto
Público alvo: Adultos

HORA(S) DO CONTO & LEITURA SÉNIOR

“Histórias de Abril”*
22 de abril a 30 de agosto
Público alvo: Crianças e Jovens (6 a 12 anos) e Seniores

Visite a BMTC e participe nas atividades!

*Para Instituições, com marcação obrigatória (Telefone: 279 340 700)

Filandorra “Conta e Canta Abril”

 A companhia Filandorra vai percorrer 3.000 quilómetros nas próximas duas semanas, no interior Norte, para “Contar e Cantar Abril”, um espetáculo de teatro e música que revive a ditadura, a clandestinidade, a emigração e a guerra colonial.


Esta viagem no tempo incorpora também a visão o diretor da Filandorra Teatro do Nordeste, David Carvalho, sobre o dia 25 de Abril de 1974 e os dias pós-revolução.

“O meu pai era cabo da GNR e estava a semear batatas, ali quem vai para Bisalhães [Vila Real]. Pelas 10:30, aparece um jipe da GNR, os colegas gritam que há uma revolução em Lisboa. Ele foi-se embora, não apareceu durante três dias em casa”, contou.

David Carvalho tinha, na altura, 18 anos e referiu que acompanhou com atenção, através da rádio e jornais, tudo o que foi acontecendo e que, em Vila Real, as pessoas saíram para a rua apenas nos dias a seguir, com uma grande concentração popular a acontecer, na Avenida Carvalho Araújo, a 1 de maio de 1974.

“Foi a grande apoteose, a avenida encheu-se”, disse, apontando para uma fotografia sua desse dia no meio da multidão.

Logo a seguir, David Carvalho integrou as brigadas de alfabetização que “levavam a cultura ao interior, forçada um bocadinho”, concluiu com a distância política, histórica e até académica que o tempo trouxe.

“Tinha um bilhete de comboio para andar quando quisesse, tinha o cabelo à Jimmy Hendrix e um casacão verde (…) Às vezes íamos de burro, dormíamos nos palheiros e namorávamos”, recordou, salientando que trouxe um pouco da sua experiência para o espetáculo que a companhia preparou para celebrar os 50 anos da revolução.

“Estou a viver isto com se fosse memória”, afirmou o diretor, hoje com anos 68 anos.

Para construir o projeto “Contar e Cantar Abril”, a Filandorra documentou-se com depoimentos de pessoas que viveram de perto a revolução, com fotografias e notícias de jornais.

O espetáculo narra, através de uma personagem de 12 anos que se chama Liberdade, o antes do 25 de Abril, o dia 25 de Abril e a festa da revolução que se seguiu, revivendo a ditadura salazarista e os limites à liberdade de expressão, a clandestinidade, os movimentos anti-regime, a emigração clandestina e a guerra colonial e, depois, a liberdade e a democracia.

A performance teatral que conta os “50 anos no caminho da liberdade” intercala com canções de intervenção da época.

David Carvalho referiu que a companhia vai andar em digressão durante duas semanas pelo interior do Norte do país, percorrendo aproximadamente 3.000 quilómetros, de Penedono, onde começou a viagem na sexta-feira, a Carrazeda de Ansiães, Macedo de Cavaleiros, Vinhais, Régua, Vila Real, Valpaços, Vila Pouca de Aguiar, Miranda do Douro e Vila Nova de Foz Côa, onde termina a 28 de abril.

O dia 25 de Abril será passado “no Portugal profundo”, entre Freixo de Espada à Cinta e Figueira de Castelo Rodrigo.

Durante duas semanas, a Filandorra vai realizar 25 espetáculo para o público escolar, alunos e professores, e a comunidade em geral, fazendo, pelo meio, arruadas pelos centros das vilas e cidades.

“O teatro vem mesmo para a rua”, realçou David Carvalho e, com ele traz o “detalhe das calças à boca-de-sino, as roupas de lãs coloridas, os cabelos longos”, salientando o “rigor absoluto” para os mais velhos se reverem ao espelho .

Projeto do novo aeroporto regional apresentado em maio

 O projeto do novo aeroporto regional Terras de Trás-os-Montes será apresentado em maio. A garantia foi deixada ao Mensageiro pelo presidente da Câmara de Bragança, Paulo Xavier.


“O projeto está em fase final. Já ultimámos determinadas coisas, foi-nos apresentado há poucos dias. Estou convencido que no mês de maio o teremos em mãos. A nossa aspiração maior é a mudança de aeródromo municipal para aeroporto regional das Terras de Trás-os-Montes”, avançou Paulo Xavier.

A obra, orçada em “algumas dezenas de milhões de euros”, implica o investimento em várias infraestruturas. “Alargamento da pista, novos acessos, gares, nova estrada de ligação com o limite do aeroporto, equipamento de radares, iluminação. Não é um mega-projeto mas pode vir a consolidar a nossa aspiração ao nível desse trimodal que necessitamos, mais até para as mercadorias, para que as empresas possam vir a investir em Bragança e chegarem mais longe com as exportações”, disse Paulo Xavier.

AGR

Domus Municipalis recebe o Claustrofonia com Joana Guerra

 O 𝑪𝒍𝒂𝒖𝒔𝒕𝒓𝒐𝒇𝒐𝒏𝒊𝒂 - 𝑪𝒊𝒄𝒍𝒐 𝒅𝒆 𝑴ú𝒔𝒊𝒄𝒂 𝑫í𝒔𝒑𝒂𝒓 𝒅𝒆 𝑩𝒓𝒂𝒈𝒂𝒏ç𝒂 regressa esta noite de quinta-feira a Bragança com a violoncelista, cantora e compositora Joana Guerra, para um concerto na Domus Municipalis.


Após três discos de originais em nome próprio, Joana Guerra saiu da grande cidade e deixou que o chão crescesse sob os seus pés intrometendo-se na sua vida e na sua criação.

Para trás, ficou Gralha, a casa de partida em 2013, onde enfrentou a sua música e letras em modo solitário. Nos anos seguintes, foi abrindo os arranjos a outros instrumentos, enquanto se ia envolvendo numa riquíssima experiência pela cena experimental de Lisboa e em inúmeras encomendas para teatro, dança e performance.

Assim sendo, não foi surpresa sentirmos a forte ideia coletiva de Chão Vermelho, no qual o violino de Maria do Mar e as percussões do Carlos Godinho formam, com a voz e violoncelo de Joana Guerra, um corpo tentacular do qual brotam canções como milagres da natureza em terra fustigada. Nas imagens do seu disco, editado na berlinense Miasmah Recordings, as fotos de André Cepeda mostram o novo cenário de Joana Guerra, onde a argila deixa cicatrizes profundas, mas também extrai a matéria-prima da criação. É nesse contexto, aparentemente inóspito e sagrado, que Joana Guerra cultiva esta música que regenera. 

A entrada custa 7 euros.

StartUp Portugal apoio com 30 mil euros 11 empresas de Bragança

 Onze startup’s do distrito de Bragança foram contempladas com um apoio financeiro, para as áreas verdes e digitais, no âmbito dos Vouchers para Startups, da Startup Portugal


Cada empresa foi contemplada com 30 mil euros para agora desenvolver os seus projectos candidatados.

A BBotix, dedicada ao desenvolvimento de ferramentas para o ensino de robótica a crianças, foi uma das empresas que viu a candidatura aprovada. Alexandre Costa está à frente da empresa e diz que este financiamento é muito importante. “Como utilizamos muito filamentos para prototipação dos modelos que fazemos, estamos a montar uma extrusora, de baixo custo, que tem o potencial, não só de utilização dentro do nosso projecto, mas que também possa ser desenvolvida dentro das escolas. Fomos contemplados com 30 mil euros. Cobrem basicamente o desenvolvimento do equipamento, a compra de material para o construir e o pagamento do pessoal que esta a trabalhar no desenvolvimento. Nós começamos o desenvolvimento do projecto antes de receber o valor. Já acreditávamos no projecto antes de ver a candidatura aprovada. Mas é dinheiro importante”.

A Cabana Trivial foi outra das empresas contempladas. Sara Guimarães é a representante comercial da startup, vocacionada na promoção imobiliária, focada na inovação, automatização de processos e sustentabilidade de habitações. O dinheiro servirá para desenvolver um projecto no qual já andam a trabalhar. “Quanto ao desenvolvimento deste projecto, o Trivial Simulatior, que se encontra na sua fase inicial, já temos trabalhado com empresas do sector da inteligência artificial e tecnologia, para desenvolver a ferramenta. Este financiamento é bastante importante e ajuda a impulsionar muito estas ideias porque muitas das vezes estas ideias existem mas há receio de avançar, tendo em conta o risco e investimento necessário. Agora, temos aqui um financiamento que podemos utilizar para desenvolver a ideia e que, de outra forma, não conseguriamos”.

Fernando Fraga, da Startup Portugal, uma associação sem fins lucrativos que ajuda a pensar, desenvolver e implementar estratégias para o empreendedorismo, diz que este financiamento é vital para várias empresas. “Estes vouchers não têm que ser para empresas novas. É para novos produtos verdes e digitais. Não tem que ser para empresas que sem isto não conseguiriam desenvolver o projecto. Mas é evidente que, muitas das vezes, o que altera, um financiamento destes, é uma empresa conseguir desenvolver um produto agora ou só daqui a uns anos”.

Sete das onze empresas apoiadas no distrito são da cidade de Bragança. Os resultados da primeira fase do projecto foram apresentados ontem, no Brigantia Ecopark. A segunda fase tem agora as candidaturas e análise.

A nível nacional foram apresentadas 1500 candidaturas. Metade dessas foram aprovadas e recebem financiamento.

Esta é uma medida cofinanciada pelo Plano de Recuperação e Resiliência.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

João Lourenço é o vencedor do concurso de fotografia “De Montesinho ao Douro: Gentes e Paisagens”

 Concurso premiou João Lourenço com 2500 euros mas houve outros dois premiados


João Lourenço, natural de Bragança, é o grande vencedor da segunda edição do concurso de fotografia “De Montesinho ao Douro: Gentes e Paisagens”, um desafio lançado pela Fundação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro.

Uma fotografia sobre o Carnaval de Vila Boa de Ousilhão deu ao jovem, de 27 anos, o primeiro prémio. João Lourenço, que já trabalhou em fotografia e agora é freelancer, já concorreu no ano passado e desta vez estava a contar ser distinguido mas não esperava o primeiro prémio. “Concorri este ano, outra vez. Apresentei uma fotografia dos caretos de Vila Boa de Ousilhão, que representa o fogo e o careto. Desde o dia que a tirei, nunca pensei nela para concorrer, mas sempre foi uma foto que me marcou. Quando vi que o concurso voltou a abrir pensei que não tinha nada a perder. Acho que é uma foto que se adequava muito bem para aquilo que eles pediam”, disse.

Esta foi já a segunda edição do concurso. Ao contrário do ano passado, desta vez, os concorrentes tinham que ser residentes ou naturais dos concelhos da área de abrangência da Fundação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo do Alto Douro. Cândida Braz, presidente da fundação, diz que isso não foi impedimento para haver menos concorrentes. Houve até mais fotografias candidatadas. “O júri, composto por alguns fotógrafos profissionais, denotaram uma melhoria da qualidade das fotografias apresentadas. Estamos muito satisfeitos”.

O concurso tinha como tema “Assim se faz por cá”. A fotografia que alcançou o segundo lugar foi tirada em Valpaços e retrata mulheres a fazer fumeiro. Já o terceiro prémio mostra o Rio Douro, numa fotografia tirada em Alijó.

Escrito por Brigantia
Jornalista: Carina Alves

Passeio reúne as populações de Santulhão, Carção e Argozelo